Quem foi Santo André?

Breve estudo sobre o apóstolo de Jesus e figura importante na Maçonaria

Publicada por Gosp

Publicada em 01/02/2023

Santo André, era irmão de Simão (posteriormente rebatizado como Pedro), ambos eram filhos do pescador Jonas e nascidos em Betsaida, cidade às margens do Lago de Genezaré, conhecido também como Mar da Galileia. André foi um dos doze apóstolos de Jesus, mas antes de conhecer o filho de Deus era discípulo de João Batista, o qual lhe apresentou Jesus, dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”. Assim, André, apontado por João Batista, foi o primeiro a seguir o Messias.

 

Após esse encontro, João, André e seu Irmão Simão (Pedro) tornaram-se discípulos de Jesus. Segundo a Bíblia, André esteve sempre próximo a Cristo durante sua vida pública, presente em diversos momentos, como na Última Ceia, viu o Senhor Ressuscitado, testemunhou a Ascensão, e recebeu graças e dons no primeiro Pentecostes. 

 

Posteriormente a crucificação e o Pentecostes, tornou-se missionário, pregando o evangelho em diversos locais, como regiões da Palestina, onde ajudou a fortalecer a igreja, Cítia, Etiópia, Trácia e, por fim, Pratas (Grécia), onde foi preso, pois afirmou que Jesus era um juiz superior ao governador local, chamado Egéas, subordinado ao imperador Nero. Além disso, o governador exigiu que Santo André adorasse os deuses pagãos da região, no entanto, o Santo recusou-se e declarou que os deuses eram demônios. 

 

Sua insubordinação ao governador resultou em sua morte. Condenado por Egéas a crucificação, André pediu que não o crucificaram numa cruz com o mesmo formato da de Cristo, visto que, ele não se achava digno. Assim, foi crucificado em uma cruz no formato de X, que ficou conhecida como “A Cruz de Santo André”.

 

Na Maçonaria, Santo André desempenha papel importante em diversas variantes do Rito Escocês, aparecendo no 29º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito e nomeando o 4º Grau Simbólico do Rito Escocês Retificado. Sua simbologia na Ordem é materializada e evidenciada de muitas maneiras, inclusive através da presença de esculturas, como a Estátua de Santo André na Grande Loja da Escócia. 

 

Em 357, o imperador Constâncio II, convertido ao cristianismo, ordenou que as relíquias de Santo André fossem levadas a Constantinopla e depositadas na Igreja dos Santos Apóstolos. Mais tarde, os Cruzados moveram essas relíquias por diferentes lugares, e algumas foram parar na Escócia, onde, desde 1160, Santo André é considerado Patrono, tendo sua cruz desenhada na bandeira do país.